Alexandre de Moraes seria o primeiro alvo de atentado golpista, diz PF
A investigação da Polícia Federal sobre a conspiração golpista que levou ao indiciamento de 37 pessoas aponta que Alexandre de Moraes era o primeiro alvo do plano Punhal Verde e Amarelo, que também previa o assassinato do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin.
Segundo a PF, o ministro poderia ter sido vítima de sequestro e prisão arbitrária, além de execução. O plano Punhal Verde e Amarelo:
- traz um levantamento prévio da movimentação de Moraes;
- detalha os horários e itinerários de suas agendas oficial e pessoal;
- demanda quatro equipes com o total de seis pessoas para realizar o atentado
- um telefone descartável para cada um dos seis envolvidos.
A investigação também revelou que os executores do plano tinham um grupo em um aplicativo de mensagens chamado Copa 2022. Eles teriam comprado chips de celular em nome de outras pessoas.
Segundo a PF, Mario Fernandes, general da reserva e ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, foi o articulador do plano. A investigação também apontou que o agente da Polícia Federal Wladimir Matos passou ao grupo que planejava o golpe de Estado informações sobre a equipe de segurança e a localização de Lula.
O Fantástico procurou os advogados de defesa do general Mário Fernandes e do Policial Federal Wladimir Matos, presos nesta semana pela Polícia Federal, mas eles não foram localizados.
A investigação, concluída pela PF na quinta-feira (21), levou ao indiciamento de 37 pessoas. Entre os nomes, estavam:
- o ex-presidente Jair Bolsonaro;
- o general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência.
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