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Manaus,09/12/2024

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Boicote ao Carrefour ganha força no Brasil: associações e frigoríficos aderem à paralisação


Boicote ao Carrefour ganha força no Brasil: associações e frigoríficos aderem à paralisação
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O movimento de boicote ao Carrefour no Brasil continua ganhando força. Edson Pinto, diretor-executivo da Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp), afirmou que seus associados começaram a aderir à paralisação de compras na rede.

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"Estão começando a aderir. Somos 500 mil empresas apenas no estado de São Paulo. Outras entidades, como no Paraná, aderiram. Monitoramos todos os comentários nas redes sociais e nas mídias, e 98% dos comentários são favoráveis à nossa ação e afirmam que vão aderir também", disse Pinto. 

Na sexta-feira, a associação convocou todos a deixarem de comprar nas redes Carrefour, Atacadão e Sam's Club, do Grupo Carrefour. "Solicitamos o engajamento e a adesão a esta campanha de boicote, mostrando a força e a união do nosso setor em defesa da economia nacional e do respeito aos nossos produtos”, diz a nota da Fhoresp. Enquanto isso, frigoríficos como JBS, Marfrig e Masterboi também interromperam a venda de carne na última quinta-feira. Oficialmente, as empresas não comentaram o caso.  

A Abrasel, que reúne bares e restaurantes, também está organizando uma articulação de grande abrangência, com impacto direto no setor, segundo fontes. Em nota, o Grupo Carrefour Brasil afirmou lamentar "profundamente a atual situação" e reafirmou a estima e confiança no setor agropecuário brasileiro. "Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade", declarou a rede. 

O Carrefour informou estar em "diálogo constante na busca de soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne em nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil". Afirmou ainda que seguirá "trabalhando para resolver essa situação da melhor forma possível, sempre com o objetivo de atender com qualidade e excelência aos nossos clientes". 

Nesta terça-feira, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) vai se reunir com associações e empresas que fazem parte de seu conselho administrativo - e que terá entre os temas em pauta a questão envolvendo Carrefour. 

No último sábado, as entidades publicaram uma carta aberta em protesto. "Se uma carne brasileira não serve para abastecer o Carrefour na França, é difícil entender como ela poderia ser considerada adequada para abastecer qualquer outro mercado. Afinal, se o Brasil, com suas práticas sustentáveis, sua legislação ambiental rigorosa e sua vasta área de preservação, não atenderia aos critérios do Carrefour para o mercado francês, então, provavelmente, não atenderia aos critérios de nenhum outro país", afirmaram.

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