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Manaus,09/12/2024

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‘A guerra não acabou’: Cid mandou mensagem com teor golpista quando Bolsonaro já estava nos EUA, diz PF


‘A guerra não acabou’: Cid mandou mensagem com teor golpista quando Bolsonaro já estava nos EUA, diz PF
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Polícia
Federal
 apontou que o tenente-coronel Mauro
Cid
, ex-ajudante de ordens de Jair
Bolsonaro
, mantinha expectativas de que um golpe de Estado poderia
ocorrer mesmo depois da viagem do ex-mandatário aos Estados Unidos. Em uma
mensagem do dia 31 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro e o próprio Cid já
estavam na Flórida, o ex-ajudante de ordens escreveu em letras maiúsculas que
"a guerra não acabou", "pela nossa liberdade vai valer a
pena" e "vamos vencer!".

O texto foi enviado a um militar apontado pela PF
como "arrecadador" de recursos para acampamentos golpistas montados
na frente dos quarteis. Cid tentava transmitir "ânimo" ao militar,
pedindo que ele não "esmorecesse". Por fim, ele ainda reconhecia que
estava se colocando em risco. Cid firmou um acordo de colaboração premiada com
a PF e forneceu informações que auxiliaram as investigações. Ele foi um dos 37
indiciados.

"Sei que minha cabeça está a prêmio... sei que
posso ser preso...mas pela nossa liberdade vai valer a pena! Ainda não
terminou... Não estamos fazendo mais pelo PR e sim pelo Brasil... pelos nossos
filhos e netos (...) Passe ânimo para o nosso pessoal! Não deixe esmorecer! Não
é pelo Pr é pelo BRASIL! VAMOS VENCER!", diz a mensagem.

A PF ressalta que Cid não se refere ao que fizeram,
“mas sim ao que 'estamos fazendo'”, o que indica, segundo as investigações, uma
ação que ainda estava em curso no último dia do ano. Naquele período, o então
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva já havia sido diplomado e estava
prestes a subir a rampa do Palácio do Planalto. Cid e Bolsonaro, por sua vez,
já estavam em solo americano, onde ficariam até março de 2023.

As mensagens de Cid constam no inquérito sobre a
trama golpista. O caso foi tornado público pelo ministro do Supremo Tribunal
Federal Alexandre de Moraes, relator da investigação na Corte.

Os investigadores localizaram no computador de Cid
um plano para viabilizar uma eventual fuga de Bolsonaro do país. A trama não
precisou ser posta em prática, já que o ex-presidente decolou para os Estados
Unidos no avião presidencial em 30 de dezembro de 2022. Segundo a PF, ele foi
ao exterior para evitar uma "possível prisão" e esperar o
"desfecho dos atos golpistas de 8 de janeiro".

Ao seu interlocutor, Cid tentou justificar o motivo
de Bolsonaro não ter assinado o decreto de golpe, que, segundo a PF, previa a
convocação de novas eleições e a prisão de autoridades.

“Esses últimos meses vão ficar marcados na
história! A guerra não acabou! A GUERRA NÃO ACABOU! A história não se escreve
em dias... muitas vezes uma página nos livros de história são meses e até anos!
O Pr decidiu baseado em todos os assessoramentos que ele tinha... seja dos mais
conservadores até os mais radicais”, escreveu o tenente-coronel.

















 

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